Nippon-t?

[R.Sfreddo]

O hamon ? formado pela diferen?a de estruturas obtidas atrav?s do resfriamento seletivo controlado. O que vai dar o asp?cto do hamon ? a Temperatura ? que o a?o foi aquecido,a velocidade de resfriamento(expessura e tipo de argila,temperatura da ?gua)e o n?vel de carbono do a?o,bem como sua composi??o. Com a linha do habushi em temperatura pr?xima a de austenitiza??o,e a parte do hamon nessa faixa, o aumento da temperatura vai formar estruturas diferentes. Por exemplo: tanto nie como nioi s?o estruturas de martensita,a difer?n?a ? a temperatura em que foram obtidas. Para nioi s?o utilizadas temperaturas pr?ximas ? A1(temperatura inicial de t?mpera),j? para nie as temperaturas s?o mais altas. Nioi s?o estruturas finas de martensita,e nie s?o grossas,ko-nie s?o as intermedi?rias. A maioria das espadas s?o em nie-deki,ou seja,constitu?das por nie. O que faz com que o fio dessas espadas n?o seja t?o quebradi?o como deveria ? o fato de estarem sob enorme press?o(100.000 PSI)devido ? din?mica do tratamento T?rmico diferencial. Mas mesmo assim nie ainda representa granula??o grosseira,assim sendo, as espadas em nioi-deki s?o muito mais resistentes. Por isso ? importante um bom tratamento para redu??o de gr?o,e temperaturas o mais pr?ximo poss?vel de A1 na hora da t?mpera. Os melhores resultados s?o obtidos com a?o carbono entre 0.60 e 0.80 . O efeito que se enxerga no a?o ? a diferen?a de refra??o da luz devido ?s diferentes estuturas obtidas,pois a martensita e a perlita refletem a luz de forma diferente. Por isso quanto mais cuidadoso for o aquecimento,e mais pr?ximo ? temperatura A1,melhor ser? o efeito,pois mais f?cil ser? de controlar ambas estuturas.

[bitorusan]

Achei tudo isso fant?stico!!
Agora, como os mestres espadeiros da ?poca sabiam tudo isso?
Eles n?o tinham o conhecimento cient?fico que temos hoje (ou talvez tivessem mais do que n?s), em compensa??o faziam pe?as que at? hoje tentamos igualar em beleza e qualidade. Talvez eles n?o dessem tanta import?ncia ao lado cient?fico da coisa, j? que meu parco conhecimento diz que a constru??o de uma espada tinha um forte apelo religioso. N?o estou sendo sarc?stico, admiro e respeito muito a cultura e religi?o oriental, mas seriam os Kamis que tornavam essas l?minas t?o perfeitas?

Domo

Vitor Oliveira

[rsfjr]

Concerteza, Bitoru-san, os Kamis tiveram uma grande participa??o na inven??o da Nippon-t?.
Mas umas das coisas que tiveram mais peso foram:
- Pr?tica, tentativa e erro.
- Necessidade de criar uma l?mina infal?vel, bela e elegante.

A Nippon-t? ? l?mina-rei, a rainha das l?minas.

[BrB]

Pelo que entendo a forma??o religiosa do cuteleiro japon?s ? algo semelhante ? forma??o de um mestre pedreiro medieval na europa que era controlada pelas guildas de construtores e deram origem ? ma?onaria. Entre as v?rias raz?es, uma delas ? a no??o que a constru??o era um conhecimento sens?vel e que deveria ser protegido da leviandade, logo somente indiv?duos que tinham certas caracter?sticas eram aceitos em certas escolas. A religiosidade e a ritual?stica acompanham a forma??o em v?rios of?cios ditos sens?veis em v?rias culturas e durante v?rios per?odos hist?ricos, e a pr?tica religiosa (na grande maioria das vezes) visa a manutan??o e pr?tica di?ria de princ?pios ?ticos dentro deste indiv?duo, relativos e inerentes ? arte que ele pratica. N?o seria diferente no Jap?o, not?rio por sua religiosidade e pelo teor de suas supersti??es. Neste sentido, o zem budismo explica que as mudan?as ou efeitos provocados no mundo n?o muito mais o resultado do seu aperfei?oamento como ser humano (ou como cuteleiro, ou como pedreiro, ou como polidor, etc.) do que como a vontade dos Deuses, e com o advento destas correntes de pensamento no Jap?o, a figura dos Kamis foi gradativamente mais associada ao culto, respeito e gratid?o aos antepassados do que aos resutados conseguidos no dia a dia, que passaram a ser mais da resposabilidade do indiv?duo do que dos seus Deuses.

Exemplo: veja como est? a vida das pessoas que acreditam que est?o com problemas porque se trata da "vontade de Deus" ou as desculpas que as pessoas encontram para seus problemas neste sentido ou se condicionam seus sucessos ao "se Deus quiser".

Deus n?o tem muito a ver com isso... mesmo se ele quiser muito, voc? n?o vai conseguir se n?o se esfor?ar tamb?m.

Desculpe se algum colega mais religioso ficou ofendido, n?o ? a minha inten??o ofender ou criticar a vida religiosa de ningu?m, trata-se apenas de minha opini?o sobre o assunto que n?o ? nenhuma verdade absoluta (como se existisse alguma).

Abra?os,

[rsfjr]

BrB,
Concordo com voc?, O Ser Superior n?o d? nada de gra?a, especialmente para quem n?o quer nada.
Mas n?o devemos nos esquecer que o Mestre Legend?rio Amakuni Yasutsuna ficou rezando por sete dias e sete noites para os Kami.

[BrB]

Sabemos que rezou, mas a real finalidade, s? ele sabia em seu ?ntimo. de qualquer forma, se o colega acha importante rezar antes de forjar, e acredita que isto v? melhorar os resultados do seu trabalho, por favor que o fa?a! N?o existe nada de errado nisso.

[rsfjr]

Concerteza! Concordo com que voc? disse!

Post Scriptum: Afinal... N?o custa nada pedir aos Deuses ajudarem a argila n?o soltar durante a t?mpera seletiva de uma l?mina! :cool:

[bitorusan]

Como diz o ditado:
Religi?o, futebol, mulher e forja n?o se discute...

[R.Sfreddo]

Quanto ? futebol e mulher eu concordo,mas quanto ? forja e religi?o;existe aquilo em que as pessoas preferem acreditar,e existe o fato. Mas o fato n?o precisa que as pessoas acreditem nele para existir. Por isso eu defendo o estudo dos fen?menos relacionados ao a?o com base no conhecimento cient?fico comprovado,pois para a qu?mica e a f?sica pouco importam os meus conceitos pessoais;o universo n?o est? nem a? para o que a gente pensa!

[Amaral]

Realmente Sfreddo
De nada adianta a f? se n?o h? conhecimento. Concordo plenamente com vc que o Universo n?o est? nem a? pr? gente.
Por?m o misticismo embutido nos procedimentos antigos da forja, torna a l?mina mais valiosa, por agregar mais emo??o humana ao a?o. ? a grande diferen?a entre uma l?mina feita em s?rie e uma ?nica, que o diga os colecionadores.
Amaral

[R.Sfreddo]

Concordo quanto ? compara??o de facas feitas ? m?o com industriais,pois n?o h? personalidade em facas industriais feitas em s?rie. Agora, o que d? qualidade a uma faca feita ? m?o ? a t?cnica,e t?cnica ? ci?ncia e arte. A "m?stica" agrega valor para quem procura por ela. Tem muito colecionador que procura mais "m?stica e est?rias" nas facas que compra do que t?cnica e qualidade! S?o pessoas que se encantam mais com as est?rias que o cuteleiro contou que com a faca em s?. ? por isso que tem muito cuteleiro vendendo tanta porcaria por a?,pois a qualidade n?o ? o foco do neg?cio.

[Ivan Campos]

P?xa, Rodrigo! Agora s? falta voc? dizer que virar a bigorna para o Norte n?o adianta nada! Tsc, tsc, tsc...

[Amaral]

Quando eu me referi ao apelo emocional de uma pe?a, em absoluto eu abri m?o da qualidade e da t?cnica. Mas pessoalmente prefiro uma faca de trincheira usada durante a guerra, com marcas inequ?vocas e testemunhos confi?veis, que uma faca zero quil?metro, do mesmo tipo.
Amaral

[R.Sfreddo]

Mais ? o que eu estou dizendo! Essas coisas influenc?am quem compra,mas n?o a faca! Portanto se quiser rezar,virar a bigorna para o norte,etc... tudo bem,se voc? ou quem comprar a pe?a se sentir melhor com isso;mas n?o vai mudar nada na qualidade da faca! O que eu quero deixar bem claro ? que cada um deve trabalhar de acordo com as suas convic??es,mas desde que tenha t?cnica apropriada. As leis da f?sica e da qu?mica que comandam esses processos s?o as mesmas,com reza ou n?o! Por isso ? importante conhec?-las e aplic?-las,pois somente isso garante a qualidade!

[livionakano]

DrWong,

Aproveitando sua deixa (apesar de antiga), estou postando um site com dados e medidas sobre os shurikens utilizados por diversos estilos e tradi??es

http://www.aikidoaus.com.au/dojo/shuriken/index1.htm

Divirtam-se