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SBC Forum (Sociedade Brasileira de Cuteleiros) Everything about Brazilian custom knives and knifemakers - this is the official forum for the "Sociedade Brasileira de Cuteleiros". "O forum oficial da Sociedade Brasileira De Cuteleiros - tudo sobre o mundo da Cutelaria Artesanal no Brasil!"

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Old 04-30-2012, 05:02 PM
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"Cortante como Faca", por Fl?vio Romano

Meu irm?o escreveu esse conto sobre cutelaria.
Pra quem gosta de ler segue abaixo. Espero que gostem.
Um abra?o.
Ricardo Romano.


CORTANTE COMO FACA


Por Flavio Romano Bernardes


O cuteleiro Zarattini estava irremediavelmente falido, quebradinho! A ele, que tinha sido um dos precursores da mais fina cutelaria no Brasil, s? restava vender o torno, a furadeira de coluna e a serra de fita e abrir um boteco com o dinheiro apurado. Ele, um artista da metalurgia, um ?s na arte de amalgamar diferentes materiais e disso obter facas deslumbrantes, teria que vender pinga e croquete para ganhar a vida, pois nada mais lhe restava.

A derrocada come?ou com a chegada do rival Dimitri. O nojentinho come?ou a inundar o restrito mercado da cutelaria com suas facas toscas e, diabos, tinha abocanhado a maior parte dos clientes de Zarattini. Talvez isso n?o tivesse acontecido se o editor da revista especializada Gume, aquele vendido, n?o tivesse publicado uma reportagem de tr?s p?ginas sobre as facas Dimitra, nome rid?culo que o concorrente dava ?queles feios peda?os de a?o. Depois do raio da reportagem, todo mundo passou a querer uma Dimitra e os pedidos de facas Zarattini come?aram a minguar.

O velhaquinho Dimitri, que n?o era bobo nem nada, n?o demorou a inflar sua ascend?ncia e dar uma boa enobrecida na sua ?rvore geneal?gica. Na segunda reportagem da Gume, esta j? de cinco p?ginas, ele afirmava que seu bisav? ou trisav? ? v? l? saber ? tinha sido do pelot?o de cavaleiros cossacos imortalizados nos contos de Isaac Babel. Disse mais: que o gosto pelas l?minas e o conhecimento da cutelaria vinham passando de pai para filho desde o parente distante, "ex?mio esgrimista de sabre", at? chegar ao pr?prio Dimitri, a j?ia da coroa da suposta fam?lia cuteleira. Pronto! A partir disso, ter uma Dimitra era possuir s?culos de conhecimentos marciais acumulados! Mas olha que mentira: o nome inteiro do cara (que ele escondia a todo custo) era Dimitri Jesus de Alencar! Dimitri nem era sobrenome! Que raio de russo era esse?

V? l? que o pr?prio Zarattini tinha usado do mesmo expediente, mas a originalidade da iniciativa n?o valia nada? Ele tinha sido o primeiro a falar de um av? herdeiro da tradi??o cuteleira da cidade de Siena, na It?lia! Como podia o nojentinho Dimitri t?-lo imitado assim t?o descaradamente? L? no c?u o vov? Zarattini, que na verdade tinha nascido na Sic?lia e sido dono de bar a vida toda, certamente tinha perdoado o neto cuteleiro pelo ligeiro floreio feito em sua biografia ? mas perd?o n?o haveria por Dimitri ter feito a mesma jogada! Eram inimigos os dois cuteleiros!

Agora isso, a fal?ncia, a insolv?ncia! Rememorando essas coisas todas, Zarattini se deu conta que acabaria por ter a profiss?o do av?! N?o aquela romanceada, de armeiro quase sa?do diretamente de uma r?stica guilda medieval, mas simplesmente o dono de um boteco. Um boteco, raios! Ser? que afinal o av? ? l? do c?u e que Deus o tenha ? n?o tinha perdoado o neto pela mentirinha? Era bem capaz, pois o velho tinha sido um rancoroso de primeira! Existiria praga p?stuma?

Mas voltemos ao princ?pio da derrocada. Come?ar ela come?ou mesmo quando o nojentinho Dimitri deu um de seus "tro?os" (n?o se podia chamar aquilo de faca) ao governador do estado. Esperto, muito esperto! Sabe-se l? como, a custa de que n?vel de bajula??o, mas Dimitri tinha chegado perto do homem o suficiente para lhe dar uma... faca! Estava l? a foto no jornal da cidade: o velhaquinho todo sorrisos ao lado do governador! Depois disso a fama dele n?o teve mais tamanho! No jornaleco da cidade, ele tamb?m dirigido por um vendidozinho, a ?ltima reportagem sobre Zarattini tinha sa?do h? quase meia d?cada, enquanto que s? naquele ano tr?s mat?rias sobre o "russo" Dimitri j? tinham sido publicadas. ? falta de gosto!

Mas mal parada assim ? que a coisa n?o ficaria! No mesmo dia que Zarattini soube da not?cia, resolveu que uma de suas cria??es imortais haveria de ser passada, com toda pompa e circunst?ncia (al?m de fotos para o jornaleco, ? claro), para as m?os do pr?prio presidente da Rep?blica! Ele gastaria tubos de dinheiro, recorreria a todos os seus contatos, cobraria todos os favores que lhe deviam, mas algu?m teria que se virar para arrumar um encontro com o presidente. Ah, teria!

Mas isso se veria depois. Primeiramente Zarattini se concentrou na obra-prima que faria, a pr?pria perfei??o em a?o, o p?ncaro da cutelaria desde o surgimento da faca de s?lex lascado no Paleol?tico at? que inventassem o sabre de luz de Guerra nas Estrelas. Aquela faca teria que ser como uma ?pera de Mozart, uma teoria einsteniana ou um gol de Pel? ? para n?o fugir das met?foras futebol?sticas que eram t?o apreciadas pelo presidente da Rep?blica.

Logo Zarattini resolveu que seria uma arma de combate, com que esperava louvar o esp?rito guerreiro do presidente. Se ele tinha mesmo essa qualidade, Zarattini n?o sabia, mas pareceu-lhe a escolha mais certa. Bajular dispensa conhecer a verdade. O desenho, ent?o, seria inspirado numa battle knife de Loveless, o famoso cuteleiro norte-americano, mas Zarattini saberia dar seu toque autoral na l?mina, deixando-a ?nica e inimit?vel.

Tudo haveria de ser importado, que no pa?s do mau gosto um knifemaker aut?ntico n?o podia encontrar material decente para trabalhar. Viria tudo dos States: a?os carbono e inox da melhor aciaria que houvesse, talas de madeira desert ironwood para o cabo, rebites especiais com aqueles delicad?ssimos arabescos de metal, solda-prata da boa, ilh?s tamb?m de a?o para passar o cord?o tran?ado pelo cabo... Compraria tamb?m um novo jogo de cintas de lixa, desde a mais rugosa, para os trabalhos brutos do come?o, at? aquela que parecia um papel de saco de p?o, com a qual no fim Zarattini poliria a guarda e a subguarda at? deix?-las como um espelho. Um espelho de Narciso, pois ele daria o melhor de si para a faca, mas esta refletiria a excepcional qualidade art?stica de seu criador. Troca justa!

A l?mina seria de a?o damasco, com as dobras do metal em padr?o turco. Zarattini pegaria as bases met?licas adquiridas l? fora e as esquentaria, dobraria e martelaria com tal habilidade que nem o pr?prio deus Hefesto faria igual! Noite e dia a forja cuspiria vento quente e fogo, mas aquela seria a melhor l?mina vista por um vivente.

Zarattini trabalhou como um mouro! Furou, martelou, poliu, lixou, ajustou, limou e ganhou dois talhos feios num mesmo dedo, at? que, por fim, conclui a faca perfeita! Linda em cada pequeno detalhe, ela era a s?bria, equilibrada e elegante. Entre o sandu?che de materiais que constitu?a o cabo, n?o se poderia encontrar um v?o de nem mesmo um vig?simo de mil?metro. O sandu?che tinha cinco camadas: duas de madeira desert ironwood, duas de um fino espa?ador de material sint?tico rijo e uma de a?o desbastado em ?ngulo suave para reduzir o peso do conjunto, mas era poss?vel deslizar a unha por entre as camadas sem sentir o mais ?nfimo ressalto ou falha. Na verdade esses distintos materiais foram t?o bem reunidos e ajustados que a faca toda parecia ser feita de um ?nico material homog?neo. Isso resumia a ci?ncia e a arte de todo bom cuteleiro: juntar materiais distintos de modo a formar um conjunto s?lido, harm?nico, balanceado, cortante e mortal!

Zarattini pousou a faca sobre seu dedo indicador estendido. Apoiada no pequeno espa?o entre a guarda e a subguarda, a faca ficou perfeitamente equilibrada, sem pender para o lado do cabo nem para o da l?mina. Parecia um canarinho ensinado cantando lindamente sobre um poleiro, s? que, em vez de cantar, a faca irradiava a beleza contrastante de dois diferentes padr?es: de um lado o desenho intencionalmente regular do a?o damasco, de outro os veios e formas naturalmente aleat?rias da madeira do cabo. Zarattini quase se emocionou! O arabesco dos rebites, o polimento espelhado das guardas, o corte agud?ssimo da l?mina em damasco... para acondicionar aquela j?ia, ele faria uma bainha de pele de arraia. Coisa fina! O nojentinho morreria de inveja!

O encontro com o presidente foi arranjado muito mais facilmente do que o esperado. Zarattini j? teria ficado feliz se fosse recebido no fim do mandato, quando todo presidente desce das alturas para tomar o tradicional banho de povo pr?-eleitoral, mas, para sua surpresa, uma r?pida audi?ncia tinha sido concedida logo no segundo pedido encaminhado ao chefe do gabinete pessoal da presid?ncia. O chef?o do Brasil tinha atendido a um pedido que o pr?prio Zarattini tinha feito! Sequer foi preciso apelar para a ajuda de amigos e clientes pol?ticos! Isso era poss?vel indicativo de duas coisas: ou a fama de Zarattini era tanta que o presidente gostaria de conhec?-lo pessoalmente ou ent?o o supremo mandat?rio era um admirador da cutelaria fina. Quem sabe n?o seriam verdadeiras as duas hip?teses? Quem diria, hein, que aquele presidente tido como bronco poderia gostar da nobre arte das l?minas? Quem sabe n?o trocariam figurinhas sobre l?minas, a?os e t?cnicas de metalurgia?

Zarattini j? imaginava sua obra-prima figurando em lugar de destaque entre os demais mimos dados ao presidente brasileiro pelos chefes de estado de na??es amigas. J? imaginava a faca ao lado de uma pequena est?tua eq?estre dada pelo coleguinha norte-americano, ao lado de uma reluzente katana dada pelo primeiro-ministro japon?s, ao lado de m?scaras cerimoniais dadas pelo manda-chuva do Zaire... Sua imagina??o vagava solta! Quem sabe sua cria??o m?xima n?o seria a principal atra??o da funda??o que o presidente deixaria depois de morrer? Sim, porque ? mania de pol?tico deixar uma funda??o para que o povo o mantenha na lembran?a ? ainda que muitas vezes o povo preferisse uma amn?sia coletiva e irrevers?vel! J? pensou? A faca exposta na funda??o per seculum seculorum? O Dimitrizinho teria que mudar de profiss?o depois dessa!

O encontro, espremido entre duas reuni?es ministeriais, ocorreu tr?s meses depois que Zarattini tinha conclu?do a faca perfeita. Ele trajava seu melhor terno e, como o presente n?o deixava de ser uma arma branca, estava ladeado por dois gorilas da seguran?a presidencial. As fotos seriam providenciadas pela turma do cerimonial, de modo que Zarattini estava seguro de que haveria provas daquele momento hist?rico ? que depois ele faria descer pelas goelas dos editores da Gume e do jornaleco da cidade, mas principalmente pela de Dimitri. N?o importa que se coma fria a saborosa carne da vingan?a, desde que ela seja trinchada com uma leg?tima faca Zarattini. Seria um lauto banquete...

Ent?o veio a decep??o. Zarattini foi introduzido no gabinete do homem e, um tanto nervoso, foi se aproximando do presidente e dizendo algumas palavras de agradecimento por ter sido recebido. Era dif?cil se concentrar no que dizer e ao mesmo tempo sorrir e procurar uma boa posi??o para a foto oficial. Por fim, sorrindo de orelha a orelha, entregou ?quele distinto pol?tico o melhor fruto da sua arte. Um flash r?pido para registrar o momento e logo em seguida a gl?ria da cutelaria foi parar na primeira gaveta presidencial! A faca nem mesmo foi tirada da bainha! O presidente n?o se dignou a deitar os olhos da l?mina trabalhada a sangue, ferro e fogo! Zarattini ficou completamente aturdido com o descaso, sem compreender nada.

Sem se dar conta da ofensa que tinha feito ao cuteleiro, ou talvez sem se importar com isso, o presidente foi logo dizendo que precisava de um favor: tinha uma faca de estima??o cujo cabo estava estragado, e queria que Zarattini o consertasse. Suprema ofensa! Ignorar a faca perfeita e supor que um artista do quilate de Zarattini estaria dispon?vel para arrumar cabo de faca alheia! Parecia que tinham tirado o ch?o debaixo dos p?s do artes?o! Ele tinha sido recebido por isso: o presidente queria um trouxa para consertar sua faca de estima??o! Nada de fama, nada de gl?ria, nada de interesse pela cutelaria: era s? para meter um maldito cabo numa faca feita por outra pessoa!

Entre confuso e indignado, sem saber o que pensar direito, Zarattini ainda tentou ver se poderia sair daquela embrulhada com um m?nimo de dignidade. Quem sabe se a faca fosse de autoria de um mestre como ele? Talvez assim ele pudesse engolir o orgulho e atender ao pedido esdr?xulo que lhe foi feito... Com esfor?o balbuciou a pergunta:

? Mas... Mas, presidente, ao menos seria uma faca de primeira linha, uma Buster Warenski, uma Loveless ou quem sabe uma Randall?

? N?o, nada de "pardal". Isso foi feito por um homi l? da minha cidade natal. Ele pegou umas foice sem cabo, uns prego enferrujado e uma mola v?ia de caminh?o, derreteu tudo num fogo soprado com fole e dessa fritura de metal saiu umas ferradura e mais essa faca, onde ele p?s um cabo de pau de vassoura. Faca boa! N?o tinha igual para sacar a barrigada de um pexe!

Zarattini ficou rubro como a?o em brasa! O desagravo por aquela ofensa teria que ser cortante como uma faca de sua lavra! Sem conseguir medir as palavras certas, acabou dizendo:

? Ora, presidente... Presidente... Ora, essa! Ora, presidente, v? ? merda!

? claro que o epis?dio n?o fez bem ? reputa??o do cuteleiro. Pauzinhos foram mexidos e logo uns fiscais mal humorados varreram o ateli? Zarattini em busca de guias de importa??o, comprovantes de pagamento de imposto sobre servi?os, alvar? de funcionamento, licen?a para uso de m?quinas em zona residencial...

Depois de tamanho contragolpe oficial, s? restava mesmo vender pinga e croquete.
Pelo menos as facas do boteco seriam afiad?ssimas, ah, isso seriam!


__________________
RICARDO ROMANO BERNARDES / RFA
Romano Facas Artesanais (Romano Custom Knifemaking)
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E-mail: cutromano@yahoo.com
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  #2  
Old 04-30-2012, 05:44 PM
cabete's Avatar
cabete cabete is offline
Hall of Famer
 
Join Date: Jul 2002
Location: Ribeir?o Preto - SP - Brasil
Posts: 3,280
Thumbs up Palavras cortantes!!

Grande Flavio Romano! Tempos atr?s o outro Romano, o mineiro cuteleiro deliciou-me com um de seus contos, o do garimpeiro.
Vejo que o estilo est? se apurando e como as facas do Ricardo suas palavras cortam com muita precis?o!
Parab?ns pelo delicioso conto e obrigado por nos mostrarem.
Continue firme pois est? maravilhoso.



__________________
Marcos Soares Ramos Cabete
kbt@brascopper.com.br
Ribeir?o Preto-SP - Brasil
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  #3  
Old 04-30-2012, 07:18 PM
Roberto B. V. Roberto B. V. is offline
Guru
 
Join Date: Jul 2007
Posts: 1,171
Buenas!

Meu amigo Romano!

Muito obrigado por nos proporcionar t?o boa leitura nessa v?spera de feriado meio modorrenta.
O conto delicioso revela uma veia liter?ria muito afiada,como pude conferir nessas linhas.
Tomara que seja s? o primeiro conto com que seu mano nos brinda aqui neste espa?o.
Ricardo,por favor avise ao mano que seus leitores j? est?o ?vidos por mais aventuras afiadas!
Um grande abra?o e um excelente feriado a? pelas Geraes!

Roberto Vianna
Porto Alegre - RS
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  #4  
Old 05-01-2012, 06:09 AM
sericci's Avatar
sericci sericci is offline
Skilled
 
Join Date: Jul 2004
Location: sao paulo-sp
Posts: 698
Send a message via MSN to sericci
bom demais

kakakakakaka

s? identifiquei o presidente depois do ''Pardall"


muito bom demais
parabens aos manos


__________________
sergio natal ricci
0xx-11-981979855

sericci@gmail.com
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  #5  
Old 05-01-2012, 09:36 AM
Getulio mineiro's Avatar
Getulio mineiro Getulio mineiro is offline
Member
 
Join Date: Apr 2012
Location: Juiz de Fora
Posts: 26
apresenta??o e elogio

Ol? pessoal, sou um novo membro desse bel?ssimo forum e at? hoje havia me limitado ? leitura somente.
Eu que sempre fui grande apreciador de trabalhos manuais artesanais e da hereditariedade de um of?cio, imediatamente me senti acolhido por voc?s. Ent?o desde j? gostaria de agradecer a todos pela boa vontade que t?m em compartilhar esse conhecimento t?o refinado e nobre que ? a o da arte da cutelaria, que re?ne princ?pios da alquimia(hehe, os alquimistas est?o chegando...), da marcenaria, da metalurgia e hoje se acrescentou ainda os da literatura. Quem diria!?
Gostaria tamb?m de dizer que tenho feito de tudo para come?ar a produzir minha primeiras pe?as -- estou apenas esperando um peda?o de manta cer?mica que est? chegando de Porto Alegre e breve servir? de edredom para minha forja-- pois sou estudante de veterin?ria ainda e como todo estudante que se prese, tamb?m sou pobre hehe. Mas prometo que logo estarei compartilhado desse prazer que deve ser produzir uma faca e como todo iniciante, me espelharei nas obras dos grande mestres.
Mais uma vez obrigado a todos e parab?ns Flavio Romano Bernardes, continue nos agraciando com seus ?timos contos.
E saibam que voc?s t?m um novo amigo em Juiz de Fora
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  #6  
Old 05-01-2012, 11:49 AM
GTC's Avatar
GTC GTC is offline
Master
 
Join Date: Mar 2007
Location: Sao Jose Rio Preto
Posts: 900
E' isso ai, o apreco nao tem preco.


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"Life is a grindstone, Whether it grinds you down or polishes you up, depends upon what you are made of"
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SPC mesa 20
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  #7  
Old 05-01-2012, 04:04 PM
Silvana's Avatar
Silvana Silvana is offline
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Join Date: Sep 2002
Location: S?o Paulo
Posts: 2,107
Muito bom!!!

Obrigada aos Romanos, Fl?vio pelo texto e Ricardo por compartilh?-lo conosco.

Grande abra?o e as minhas sauda??es afiadas,


__________________
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  #8  
Old 05-02-2012, 08:51 AM
VictorCoelho's Avatar
VictorCoelho VictorCoelho is offline
Hall of Famer
 
Join Date: Apr 2005
Location: Teresopolis/RJ - BRAZIL
Posts: 2,301
Mestre,
Q delicia de conto!
Parece q presenciei o encontro e me deliciei com o desforo do Zarattini!
Diga ao Flavio q agora estou ansioso esperando pela vingan?a do Zarattini e q se dane o velhaco Dimitri!
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  #9  
Old 05-03-2012, 07:29 AM
cutromano's Avatar
cutromano cutromano is offline
Skilled
 
Join Date: Jun 2006
Location: Itajub?, MG - Brazil
Posts: 491
Caros amigos,

Agrade?o pela paci?ncia que voc?s tiveram para ler meu simpl?rio conto, e agrade?o ainda mais pelos elogios que voc?s fizeram ao texto.

Antes eu j? tinha escrito quatro contos, frutos de id?ias simples que tive. No primeiro e mais longo, de 2007, eu "tomei emprestado" os personagens Sherlock Holmes e Watson e os coloquei para solucionar um enigma matem?tico que eu mesmo criei.

No segundo, de 2011, o tema foi a Geologia, mais exatamente a g?nese e as variedades de diamantes. A hist?ria fala de um pobre garimpeiro que encontra um exemplar do mais raro dos diamantes, mas a promessa de riqueza encerrada na gema n?o dura muito.

No terceiro, de 2012, eu conto sobre um jogador de xadrez esquisit?o ? uma hist?ria com final tr?gico.

No quarto, tamb?m de 2012, o tema ? gastronomia e culin?ria, mas praticada por um personagem, digamos, "n?o convencional".

O quinto e mais recente ? este que voc?s leram, que escrevi por sugest?o de meu irm?o Ricardo.
A cutelaria certamente rende boas hist?rias, pois re?ne ci?ncia e arte e, por que n?o dizer, um pouquinho de ci?me, um pouquinho de inveja... tudo o que seja humano, em suma. No meu conto, para n?o deixar o texto sisudo demais, enveredei por um caminho mais para o lado c?mico, justamente me aproveitando das fraquezas humanas dos cuteleiros. Eu certamente n?o escrevi um conto ? altura da cutelaria, mas foi por falta de talento meu para fazer jus a essa arte e ci?ncia, n?o porque o tema n?o renda hist?rias mais s?rias, complexas e grandiosas.

Escrevi um texto leve s? mesmo como divers?o, e espero que voc?s tenham se divertido ao l?-lo. Mais uma vez, obrigado por terem lido e pelas palavras elogiosas!

Forte abra?o a todos!
Fl?vio Romano Bernardes.


__________________
RICARDO ROMANO BERNARDES / RFA
Romano Facas Artesanais (Romano Custom Knifemaking)
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E-mail: cutromano@yahoo.com
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  #10  
Old 05-03-2012, 09:44 PM
leomartins leomartins is offline
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Join Date: Apr 2011
Location: Bras?lia-DF
Posts: 28
Muito bacana, Fl?vio!

O pr?ximo conto poderia retratar a hist?ria de um colecionador iniciante que gostou tanto do ramo das l?minas que at? parou de colecionar rel?gios, at? ent?o sua grande paix?o.

Hehehehehehhe

Parab?ns, bem escrito e engra?ado.

Um abra?o!
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cutelaria, encontro, forja, ironwood, knife, knifemaker, material, randall, tanto


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